Vamos falar sobre um dos principais poblemas do Brasil: Falta de planejamento urbano, "favelas"
Favela, tal como definido pela agência das Nações Unidas, UN-HABITAT, é uma área degradada de uma determinada cidade caracterizada por moradias precárias, falta de infraestrutura e sem regularização fundiária. Segundo a Organização das Nações Unidas, a porcentagem da população urbana que vive em favelas diminuiu de 47 por cento para 37 por cento no mundo em desenvolvimento, no período entre 1990 e 2005. No entanto, devido ao crescimento populacional e ao aumento das populações urbanas, o número dos moradores de favelas ainda é crescente. Um bilhão de pessoas no mundo vivem em favelas e esse número provavelmente irá crescer para 2 bilhões em 2030.
América Latina:
44% da população latina vive em favelas.
Um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), divulgado ontem, afirma que as condições de pobreza junto à desigualdade faz com que 44% da população da América Latina viva em favelas ou bairros precários, que só oferecem as condições mínimas para sobreviver.
A maior parte das favelas se concentra nas cidades, onde vivem três de cada quatro latinos, de acordo com o documento "Pobreza e precariedade do habitat na América Latina", preparado pela Cepal, que tem sede em Santiago.
Do total de lares em bairros pobres, 76% apresentam problemas na qualidade de sua construção e de seus serviços básicos, além das questões de segurança.
As favelas no Brasil são consideradas como uma consequência da má distribuição de renda e do déficit habitacional no país. A migração da população rural para o espaço urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado, aliada à histórica dificuldade do poder público em criar políticas habitacionais adequadas, são fatores que têm levado ao crescimento dos domicílios em favelas.
São Paulo e Rio de Janeiro:
Considera-se que as primeiras favelas surgiram no Rio de Janeiro logo após a Guerra de Canudos e em São Paulo por volta da Segunda Guerra Mundial. Começam, no entanto, a ser mais "visíveis", quando se expande o processo de industrialização-urbanização. A partir da década de 50 passam a ser reconhecidas como "problema". Problema este que, ao longo do tempo, tem sido visto de várias formas:
- como local de marginais – nessa visão é necessário se acabar com as favelas para acabar com os marginais;
- como local onde se conseguem votos – nessa visão é necessário visitar os favelas, fazer promessas, tratá-los como iguais (porque seus votos valem o mesmo que o dos outros);
- como resultado do processo de migração e os favelados vivem desta forma, porque, estão se "integrando" no meio urbano, "criam" um lugar que lhes lembrar o campo. Segundo essa visão é preciso treinar, educar os favelados a fim de que se integrem no meio urbano, passem gradativamente para uma casa de alvenaria, familiarizem-se com os serviços urbanos para serem no futuro incorporados ao mercado de trabalho e à cidade.
São Paulo
A maior cidade do país é também a cidade com o maior número de favelas do país!
Em 2007, conforme um estudo realizado em conjunto pela prefeitura de São Paulo com a organização internacional Aliança de Cidades, financiada pelo Banco Mundial, a capital paulista possuía 1.538 favelas, ocupando um território de 30 quilômetros quadrados.
Europa e Ásia:
Não é apenas nos continentes latinos americanos e africanos que encontramos favelas.
Vamos falar da capital da Espanha, Madrid. No final dos anos 80 a movida madrilena ficou conhecida em todo mundo como a cidade mais divertida do mundo. O novo ar de liberdade criou uma onda de criatividade que ninguém de espirito jovem podia escapar, e Madrid se tornou a sede principal do movimento cultural: cinema, teatro, pintura etc... Os responsáveis desse movimento eram, na sua maioria, jovens emergentes que hoje são artistas consagrados.O nome Madrid vem de Magerit, nome que os árabes usaram para identificá-la, e que significa "terra rica em água". Madrid tem uma população de quase 6 milhões de habitantes e, mais de 6 mil madrilenos vivem em favelas.
Bombaim sofre com os mesmos problemas de urbanização que afligem outras cidades de crescimento rápido em países em desenvolvimento: pobreza generalizada e padrões precários de saúde, emprego e educação. Cerca de 55% da população vivem em favelas, as quais cobrem apenas 6% das terras da cidade.
Remoção e erradicação
A preocupação e atuação do Estado nas favelas tem sido, ao longo dos anos, marcada por duas propostas básicas: erradicação da favela, através da remoção dos moradores e a liberação da área antes ocupada, para outros usos, com o objetivo de extirpar estes aglomerados, que sem dúvida interferem no preço da terra das imediações. A existência das favelas desvaloriza a terra das proximidades. Ao remover a favela, remove-se um dos obstáculos para aumentar a renda da terra, ao mesmo tempo que se leva "para mais longe" os seus moradores e sua pobreza. A outra possibilidade é a permanência da favela, com erradicação e suas características – urbanização e melhorais com introdução de infra-estrutura (água, luz, esgoto sanitário) e a abertura de vias mais amplas de circulação. A urbanização prevê a permanência da população na área ocupada, porém com modificações substanciais na aparência e na legalidade, pois supõe a divisão da favela em lotes ou frações ideais de um terreno. Esta atuação também altera a dinâmica do preço da terra, propiciando - pela retirada das características de favela – um aumento de renda aos proprietários das áreas vizinhas.
Fotos:
São Paulo - Brasil (América do Sul)
Rio de Janeiro - Brasil (América do Sul)
Belgrado, Sérvia (Europa).
Cairo - Egito (África)
Joanesburgo, África do Sul. (África)
Jacarta, Indonésia. (Ásia)
Buenos Aires, Argentina.(América do Sul)
Caracas - Venezuela (América do Sul)
Bombaim - Índia (Ásia)
Cidade do México - México (América do Norte)
Porto Príncipe - Haíti (América Central)
Mapa indicando as favelas mais populosas do mundo
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