Com a rede social Google+, lançada na semana passada, o Google quer desafiar o Facebook não só em popularidade mas também provar que tem ferramentas suficientes para tentar retomar a posição de liderança na web.
Muito mais que uma rede social --que tem como principais atrativos a conversa de vídeo entre amigos e a segmentação de contatos em círculos de relacionamento--, o Google+ é um imenso repositório de dados.
Estão em jogo informações valiosas sobre o comportamento de navegação e que podem determinar o futuro das receitas do Google com publicidade.
"O Google não tem necessariamente a aspiração de ser a principal rede social, mas de ter a demografia mais completa", afirma Dan Olds, diretor da consultoria Gabriel Consulting Group.
Essa nova fronteira da disputa virtual pode ser vista em movimentos recentes de Google e Facebook de entrada em áreas até então pouco exploradas --desde pagamento on-line até locação de vídeo pela internet.
"A estratégia até pode ser ganhar com serviços pagos, mas há dados de comportamento que podem ser rentáveis em vários formatos, como os anúncios", diz Olds.
Segundo o especialista, o Facebook tem hoje 700 milhões de usuários e chegou ao valor de mercado estimado em quase US$ 70 bilhões tendo como principal ativo seu banco de dados.
No ano passado, o Facebook conquistou pela primeira vez mais usuários únicos de internet do que o Google, 8,9% ante 7,2%, segundo a consultoria Hitwise.
"O Google+ vem para dar poder de fogo para o Google tentar retomar a posição de líder na internet, hoje claramente ocupada pelo Facebook", afirma o analista.
Embora o Google tenha lançado o Orkut em 2004 com a possibilidade de extrair informações semelhantes da web, a rede nunca decolou de forma expressiva.
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