Efeitos de 'bullying’ na infância não duram em pássaros A intimidação cruel e persistente mostrada por irmãos mais velhos contra irmãos mais novos, não traz consequências que perduram pelo resto da vida – pelo menos entre as patolas-de-pés-azuis, conforme foi descoberto em uma pesquisa recente.
As patolas-de-pés-azuis são aves marinhas que tipicamente colocam dois ovos, que eclodem com quatro dias de diferença. Durante um período de quatro meses de nidificação, o irmão mais velho é conhecido por bicar e atacar incessantemente seu irmão caçula, até que o pássaro mais jovem seja condicionado a se habituar à submissão.
Os filhotes mais velhos levam vantagem em tamanho, força e coordenação motora em relação a seus irmãos menores.
Os filhotes mais jovens acabam recebendo poucos quitutes e menos peixe de seus pais, e durante suas três primeiras semanas de vida, seu peso é 11 por cento menor. Os irmãozinhos também sofrem de elevados níveis de hormônios de stress, que acabam sendo 109 por cento maiores do que nos mais velhos, nos primeiros 15 a 20 dias de vida.
Mesmo assim, todas as patolas adultas parecem igualmente capazes de demonstrar agressividade contra intrusos que se aproximem de seus ninhos, diz Oscar Sánchez-Macouzet, biólogo evolutivo na Universidade Nacional Autônoma do México e autor principal da pesquisa.
Ele e seus colegas relataram suas descobertas no periódico Biology Letters.
“Para nossa surpresa, tanto os ex-filhotes juniores quanto os seniores não diferiam em agressividade, quando para defender os seus ninhos”, diz ele.
Sanchez-Macouzet e seus coautores estudaram as patolas adultas, com idades entre 5 e 13 anos, da costa Pacífica do México. Enquanto os adultos criavam seus filhotes, os pesquisadores colocaram intrusos falsos – modelos feitos de papelão – posicionados a aproximadamente 90 centímetros dos ninhos.
Todas as patolas, sem considerar a ordem de nascimento, responderam instantaneamente com demonstrações agressivas.
A pesquisa sugere que a agressividade nos vertebrados pode não ser afetada por possíveis abusos infantis, como pensam muitos biólogos e psicólogos, diz Sanchez-Macouzet.
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