quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Viagens internacionais pelo mundo. Eua: Nova York

Cosmopolita e apaixonante, Nova York tem muitas formas de ser conhecida.


Pensar em fazer uma viagem para um dos focos de uma crise mundial pode parecer loucura. Nova York nunca precisou de uma "desculpa" para ser visitada. Ainda mais num momento de tantas incertezas.

Você economizou, se preparou, encheu seu coração de coragem e, além do mais, merece colocar os pés na capital do mundo. Esta, portanto, é a sua chance de presenciar um momento histórico e conhecer uma das cidades mais visitadas em transformação, que em 2008 recebeu número recorde de visitantes, 47 milhões de pessoas.

Dois acontecimentos históricos mudaram a vida do norte-americano e também do mundo. A vitória do primeiro afro-americano, Barack Obama, a um dos cargos mais cobiçados do planeta, de presidente dos Estados Unidos, é um deles. O outro, uma das maiores crises financeiras mundiais depois de 1929.

Nova York não recebe apenas um tipo de turista. Os roteiros para conhecer a cidade são infinitos e podem ser feitos até mesmo de forma temática, como conhecer, por exemplo, a cidade a partir de visitas a locações de grandes filmes rodados ali. Assim, como em qualquer lugar, o importante não é o número de dias rodados e, sim, como você os vivencia.

Para isso, pare, pense e reflita: como você quer conhecer NY?

A cidade ocupa o primeiro lugar no ranking como a mais populosa dos Estados Unidos. De acordo com o último dado fornecido pelo serviço nacional de recenseamento, em 2000, era possível ouvir cerca de 170 idiomas falados regularmente na cidade, que é divida por cinco distritos: Manhattan, Bronx, Queens, Brooklyn e Staten Island.

Margeada pelo rio Hudson, Manhattan corresponde à área mais rica de Nova York. É onde estão localizados o centro financeiro, na famosa Wall Street, a sede da ONU (Organização das Nações Unidas) e das principais universidades: Nova York University (NYU) e a Universidade de Columbia. A ilha de Manhattan pode ser dividida em três partes: Uptown (tradução literal para "parte de cima da cidade") possui no seu coração o Central Park. Ainda um pouco mais acima, a região é conhecida como "Way Uptown" (na tradução literal, "muito mais acima") é onde estão bairros como o Harlem.

O meio da cidade, Midtown, é a região em que se localiza o Rockefeller Center e bairros como Chelsea, Gramercy e Hell's Kitchen. E a parte de baixo da cidade, Downtown, onde se localizam, na ponta da ilha, o Financial District, em que já se pode avistar a Estátua da Liberdade; a ponte do Brooklyn e também a área onde estão os idolatrados bairros Tribeca, Chinatown, Lower East Side, West e East Village e Soho.

O interessante em Nova York é que a paisagem nunca é a mesma. Por mais que se passe um tempo nela, você nunca se comporta da mesma forma. As famosas rosquinhas Donuts já foram substituídas pelos deliciosos cupcakes. A febre das "iogurterias" que apareceram em cada esquina e levaram os novaiorquinos à loucura com sua guerra de preços também já passou. As galerias de arte do Soho 'caminharam' para o Chelsea, ao passo que o bairro do Harlem é revitalizado e, ao mesmo tempo, recebe com alegria a vitória de Barack Obama, fazendo ouvir os tambores afro-americanos em festa semelhante ao de 4 de julho. Daqui a um tempo, a onda pode ser totalmente outra.

O mundo numa cidade

É difícil identificar o cidadão novaiorquino. Hoje, porto-riquenhos, coreanos, chineses, sul-africanos, brasileiros, paquistaneses estão por trás do que se respira por ali. Portanto, ao comprar o bilhete de avião você já fez um bom negócio. Pagando para conhecer apenas uma cidade, você terá a oportunidade de visitar outras do mundo. Prepare-se para uma metrópole única e tenha certeza que, ao voltar, sua cabeça não será a mesma.

Viagens internacionais pelo mundo. Eua: Los Angeles

Parques temáticos, Hollywood e eventos culturais fazem de Los Angeles a capital mundial da indústria do entretenimento.


A combinação de parques temáticos, estúdios de cinema, museus e espetáculos de música e dança é o que leva cerca de 26 milhões de visitantes por ano a Los Angeles, nos Estados Unidos. A Meca do cinema é também uma das capitais mundiais do entretenimento, ao lado de Las Vegas, Orlando e Nova York. A cidade, que oferece atrações para públicos de todas as idades, é uma ótima opção para viagens de férias com a família.

A visita a Los Angeles mostra a realidade dos cenários de cinema. Lá estão Hollywood, Beverly Hills, Malibu, Long Beach, Downtown e a até a violenta South Central, onde é gravada boa parte dos filmes americanos que têm como temática as brigas de gangues. Os estúdios de Walt Disney, da Universal, Warner Bros., ABC, CBS e NBC também estão instalados na cidade. A 50 km do centro, em Anaheim, fica a Disneylândia, o primeiro parque temático erguido por Walt Disney, criador dos personagens Mickey Mouse e Pato Donald.

Além disso, Los Angeles abriga pelo menos dois importantes museus, o Getty Center e o LACMA (Los Angeles County Museum of Arte), e dezenas de teatros, cinemas e grandes casas de espetáculo.

A noite de Los Angeles é tão agitada quanto o dia. Hollywood, Venice e Sunset Boulevard têm casas noturnas, bares e cozinhas de todos os tipos, mas quem não faz reserva antecipadamente pode ter de esperar até uma hora por uma mesa em um dos restaurantes da moda. Multiétnica, a cidade oferece expressões artísticas de várias partes do mundo.

Quem vai a Los Angeles na expectativa de fazer compras pode sair frustrado. A cidade é cara, e os artigos de luxo têm preço para super stars. Vale a pena visitar a Rodeo Drive, um dos centros comerciais mais sofisticados do mundo, mas quem quer economizar deve comprar nas lojas de pechinchas de Chinatown, no centro, ou na Third Street, em Santa Monica, onde se encontram grifes mais jovens, com artigos mais acessíveis do que os de Rodeo Drive.

Os custos com comida, bebida, hotéis, transportes e estacionamentos são altos. Um casal que decide levar os filhos à Disleylândia deve estar preparado para gastar pelo menos US$ 700 por dia, entre ingressos para quatro pessoas, alimentação, hospedagem e transporte. Somente em 2007, turistas e participantes de convenções deixaram US$ 14,2 bilhões na cidade, de acordo com informações do Los Angeles Convention and Visitors Bureau.

Geografia e história

Los Angeles tem aproximadamente 4 milhões de habitantes, segundo dados divulgados pelo governo norte-americano em 2007. É a maior cidade da Califórnia e a segunda mais populosa dos EUA, depois de Nova York, com 8,2 milhões de habitantes.

A cidade é ensolarada durante quase todo o ano. O clima é quente, com baixo nível de umidade, e as temperaturas médias da região ficam em 13ºC e 23ºC . Diferentemente de San Francisco, outra importante cidade da Costa Oeste dos EUA, é possível tomar banhos de sol e de mar no sul da Califórnia. Chove pouco, a temperatura da água é mais agradável e não há ventos frios na maior parte do ano. Nudismo, bebida alcoólica e fumo não são permitidos nas praias de Los Angeles.

A cidade é rodeada pelas montanhas de Santa Monica e de San Gabriel, municípios que integram a Grande Los Angeles, e tem 120 km de costa (de Malibu a Long Beach).

Foi inicialmente explorada por europeus em 1769. Dois anos mais tarde, o missionário franciscano padre Junipero Serra e um grupo de seguidores espanhóis fundaram a Missão de San Gabriel. Na época, o território era habitado por índios. A cidade começou a ser construída dez anos depois, em 4 de setembro de 1781, quando 44 colonos de Sonora e Sinaloa, no México, instalaram suas casas na região que hoje é conhecida como Downtown Los Angeles. Entre os colonos havia hispânicos, índios, negros e mestiços. Eles se misturaram aos índios que habitavam a área.

Inicialmente, o local foi chamado de Nuestra Senora La Reina de Los Angeles ou de Town of Our Lady the Queen of the Angels (Cidade da Nossa Senhora Rainha dos Anjos). Em 1835, o território foi oficialmente declarado cidade. Em agosto de 1846, soldados americanos chegaram ao local, que foi incorporado aos EUA em 4 de abril de 1850.

Viagens internacionais pelo mundo. Eua: Miami

Exibida e histórica, Miami é opção para todos os estilos de viajantes.


Miami é mesmo vaidosa e parece pouco tímida na hora de exibir seus dotes aos que chegam à principal porta de entrada para a Flórida, estado localizado no sul dos Estados Unidos.

Em Miami Beach, parada obrigatória para quem visita a cidade, o dia mal escurece e a arquitetura de tons pastéis do Art Deco District ganha o brilho exagerado dos neons dos hotéis e casas noturnas; a Ocean Drive e suas paralelas se enchem de carrões sob o comando de cinquentões acompanhados de moças com corpos esculpidos em academia; e os visitantes mais consumistas se esforçam para carregar sacolas com nomes de grifes estampados em letras nada discretas.

A cidade é tão exibida que, de tempos em tempos, ressurge como cenário para algum seriado americano de alcance mundial. Foi assim com as investigações policiais de Miami Vice, nos anos 80, e CSI: Miami, há quase uma década. É tanta inspiração que a cidade acaba de voltar-se para os holofotes na recém-lançada (e misteriosa) série ?The Event? que emprestou a sofisticação de Coral Gables, um dos mais belos cenários de Miami, para abrigar a residência de praia do fictício presidente americano, Elias Martínez, interpretado pelo ator Blair Underwood.

Porém quando aquelas luzes se apagam, o dia seguinte revela uma Miami que poucos se lembram de querer conhecer e o visitante descobre uma cidade capaz de mudar a opinião até do mais receoso dos viajantes ou surpreender aqueles que ainda encaram as compras como únicas possibilidades no destino.

Em pleno centro da cidade, uma atração chama a atenção. Tão imponente quanto os altos edifícios espelhados que tentam ofuscar-lhe a beleza, a Freedom Tower ainda relembra, saudosa, o tempo em que esse edifício de 1925 com arquitetura inspirada nas torres da Giralda, na Espanha, abrigava refugiados cubanos, nas décadas de 60 e 70.

Em South Beach, as construções em estilo art déco dos anos 20 e 30 ainda podem ser apreciadas na agitada Ocean Drive, avenida que abriga clássicos da hotelaria e da arquitetura como o Colony Hotel, de 1935, e o Cardozo Hotel, de 1939. Sem contar a opção de excelentes e inusitados museus, como o Wolfsonian, um simpático espaço dedicado às últimas décadas do american way of life, e o World Erotic Art Museum, que dispensa apresentações.

Em Coral Gables, o visitante quase acredita que acaba de desembarcar em algum destino histórico do Velho Continente, do outro lado do Atlântico. Essa cidade dentro de Miami possui arquitetura em estilo mediterrâneo, cercada por fontes e boulevards arborizados. O bem sucedido projeto foi desenvolvido por George Merrick, ex-governador da Flórida que, na década de 20, idealizou uma região que reunisse, em um mesmo local, residências e negócios para os moradores.

É ali que atrativos como a Venetian Pool, piscina histórica esculpida em pedra coral, os jardins europeus do Vizcaya, casarão em estilo italiano de 1916, e o clássico Biltmore Hotel, declarado Patrimônio Histórico Nacional, provam que Miami é, sim, exibida. Mas não esquece seu passado.

Viagens internacionais pelo mundo. Brasil: São Paulo

Cultura, entretenimento e boa comida são alguns dos inúmeros atrativos de São Paulo.


É impossível não se surpreender com uma cidade que abriga mais de 10 milhões de habitantes. A 'Terra da Garoa', como foi carinhosamente apelidada, é uma cidade de incontáveis opções. Tantas são elas que parece haver uma para cada pessoa que descobre essa gigante e que, aos poucos, por São Paulo vai se apaixonando.

Muito além de ser somente um centro financeiro, a capital paulista recebe visitantes não apenas a negócios. Com particularidades que a equiparam às mais importantes metrópoles do mundo, São Paulo é um verdadeiro banquete para todo amante de eventos culturais, boa música, arte, gastronomia e, até mesmo, para aquele que só quer aproveitar o fim de tarde e contemplar o pôr do sol sob a sombra de uma árvore.

Conhecer a São Paulo do Brás, do Bixiga; a São Paulo do passeio a pé na Paulista; dos barzinhos da Vila Madalena; a São Paulo das feiras de rua; do centro, Anhangabaú, Sé e suas histórias; a São Paulo do 'Ibira'; do café da manhã na 'padoca'. Conhecer essa São Paulo dos paulistanos da Mooca deveria ser obrigação de todo viajante brasileiro ou estrangeiro para que, no período de uma visita à capital, tenha uma aula de como é possível juntar tanta gente diferente, única e interessante e que tem orgulho de dizer que mora aqui. São Paulo é uma verdadeira aula de Brasil.


Gastronomia, arte e vida noturna
Está à procura de um restaurante tailandês, indiano ou marroquino? Aqui tem. São Paulo possui cerca 12,5 mil restaurantes, de 52 tipos e etnias. Dos tradicionais bairros Bixiga, com sua comida italiana; Liberdade, reduto da colônia japonesa na cidade; às preferências gastronômicas 'alternativas', é possível encontrar os melhores locais para os amantes da boa mesa.

Aqui também estão as obras de arte mais importantes do Brasil. Masp, Pinacoteca do Estado, Museu de Arte Moderna, Museu de Arte Sacra, Museu do Ipiranga e Museu Brasileiro de Escultura são alguns dos 88 museus existentes na cidade. Além das inúmeras galerias de arte e espaços alternativos de cultura. Se a idéia é se divertir em um espetáculo, São Paulo oferece opções que vão do erudito ao popular, dos antiquados aos descolados. São 120 teatros, 39 centros culturais e sete casas de espetáculos.

Para aqueles que procuram boas baladas, São Paulo é o lugar. Além da conhecida Vila Madalena, reduto de bares e botecos que agradam qualquer gosto ou estilo, São Paulo tem algumas das melhores casas noturnas do mundo. Conhecidos internacionalmente pela boa música, assumem as pickups das casas da Rua Augusta, Vila Olímpia, do bairro da Barra Funda, DJ's renomados do circuito e que não deixam a bola cair enquanto o sol ainda não está bem alto lá fora.

Museu a céu aberto

Nos moldes do famoso cemitério parisiense Père-Lachaise, São Paulo possui uma importante referência em arte tumular. O Cemitério da Consolação, mais antiga necrópole em funcionamento na cidade, é um verdadeiro museu a céu aberto.

Há 150 anos era o único da cidade e abrigava a população em geral. Com o passar do tempo, se tornou o lugar de descanso da elite paulistana e, além da preciosidade das obras que adornam os jazigos, começou a receber túmulos de inúmeras personalidades. Dentre elas estão nomes como os da Marquesa de Santos, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Monteiro Lobato, Campos Sales e Mário de Andrade.

Com a prosperidade da cafeicultura e o surgimento da elite dos barões de café, o cemitério passou a abrigar obras de arte produzidas por escultores de renome. Rodolfo Bernadelli, Victor Brecheret e Bruno Giorgi são alguns dos artistas responsáveis por toda beleza que se vê adornando os túmulos e mausoléus do local.

Eventos

Quer encontrar a sua tribo? Marque um encontro em São Paulo. Isso foi o que fizeram cerca de 3,5 milhões de pessoas que se reuniram na última Parada Gay realizada na cidade. O número de participantes foi maior que o evento de Nova York, que reuniu pouco mais de um milhão de pessoas, e o de Toronto, que contou com 900 mil participantes.

Arte UOL
Além da Parada do Orgulho GLBT, outro evento em acelerado crescimento é a Virada Cultural. Inspirada nas Nuits Blanches (Noites Brancas) parisienses o evento realizado pelo poder municipal reúne shows, teatro, espetáculos de dança, circo, literatura e exposições, em 24 horas ininterruptas de atividades. A maior parte dos palcos se concentra no centro histórico e, além das atrações, a Virada Cultural é uma ótima oportunidade para conhecer um pouco mais da capital paulista à noite.

São Paulo sedia ainda festivais de música eletrônica como o Skol Beats, o festival de rock, jazz e MPB Tim Festival, a Corrida Internacional de São Silvestre, o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Interlagos e muitas outras feiras e festas ao longo do ano.

Passeios e atividades ecológicas

Se a viagem de negócios possibilita dar aquela esticadinha, não deixe de visitar alguns locais em São Paulo. Passear pelo centro é uma boa opção para os que desejam conhecer os marcos arquitetônicos da cidade: lá estão o Edifício Copan e o Edifício Itália, duas das construções mais importantes e conhecidas da cidade.

Também vale visitar a avenida Paulista, as feirinhas espalhadas pelos vários bairros da cidade, a Estação da Luz e o Mercado Municipal, com seus famosos pastéis de bacalhau e sanduíches de mortadela.

Para aqueles que buscam o contato com a natureza ou querem manter a forma com uma boa caminhada, o parque Ibirapuera, que fica bem perto do centro da cidade, é uma ótima opção para descanso e lazer. Além dele, existem outros 53 parques e áreas verdes na cidade, como o parque Trianon, na avenida Paulista, o Horto Florestal e o Parque Estadual do Jaraguá, que exige boa forma daqueles que se aventuram por seus 45 mil metros quadrados de extensão.

Se a viagem inclui crianças e adolescentes - ou até adultos mais animados -, é interessante se preparar para uma visita a alguns dos parques temáticos da cidade. Para os pequenos, São Paulo oferece o Parque da Mônica e o Betinho Carrero. Também são opções o zoológico, o zoo safári, o Playcenter e o Hopi Hari.

Compras e negócios

São Paulo é considerada a capital sul-americana do consumo por sua diversidade de estabelecimentos e produtos comercializados. Se em sua carteira há apenas alguns reais ou, se o limite do cartão de crédito vai às alturas, a cidade tem algo a oferecer sob medida para você. Da Oscar Freire à José Paulino, são cerca de 240 mil lojas, mais de 60 shoppings e 59 ruas especializadas em 51 segmentos.

A capital paulista também é destino de negócios. Os principais encontros e 75% das grandes feiras nacionais são realizadas aqui: são cerca de 90 mil eventos por ano - um a cada seis minutos. Somando o número da movimentação comercial autóctone com as que a cidade sedia, São Paulo é responsável por 15% do PIB brasileiro.

Viagens internacionais pelo mundo. Brasil: Rio de Janeiro

Praias, música e cultura fazem do Rio de Janeiro uma cidade verdadeiramente maravilhosa.


Eis que um dia alguém resolveu combinar em um mesmo lugar do globo morros com pedras bem altas de onde se poderia ver o horizonte, praias de águas azuis e areias branquinhas, salpicou florestas tropicais com uma enorme diversidade de flores, pássaros e bichos silvestres, adicionou algumas lagoas, um clima paradisíaco e ficou esperando que uma porção de gente que por ali se fixou terminasse sua obra de arte. Nascia o Rio de Janeiro.

Com 5,8 milhões de habitantes, a capital fluminense é o principal pólo turístico do país e, há décadas, um dos primeiros destinos lembrados por estrangeiros que planejam visitar a América Latina. Colaboram para a fama o Samba e o Carnaval, que em 2006 ganharam o complexo de lazer Cidade do Samba, na zona portuária.

Nos anos dourados, o Rio foi apresentado como um estado de espírito. "Pra que chorar, pra que sofrer? Se o sol já vai raiar, se o dia vai amanhecer..." O carioca autor da canção enxerga na paisagem poderes miraculosos, capazes de aliviar a dor, sobretudo a dor de cotovelo. Vinícius de Moraes, diplomata e sambista, compõe com centenas de artistas e escritores um acervo sentimental que faz os brasileiros acharem que conhecem o Rio sem terem ido lá.

Não existem praias e monumentos mais cantados em versos do que Ipanema, Copacabana e o Cristo Redentor, também exibidos à exaustão em novelas, filmes e telejornais. Mas qualquer tela será pequena para a Baía de Guanabara e para os contornos monumentais do relevo que enlaça a mata e o oceano. E a brisa dos trópicos só pode ser sentida no rosto ao vivo. Mesmo pilotos que enxergam tudo do alto pela enésima vez se surpreendem: haverá sempre uma espuma distinta nas ondas, um recanto onde uma chuva recente torna o verde gritante ou um corajoso montanhista tentando escalar a Pedra da Gávea.


La Ville Merveilleuse

Foi em francês que a expressão "Cidade Maravilhosa" se fez ouvir pela primeira vez, batizada assim por Jeanne Catulle Mendes, em 1912. Virou hino informal na marchinha de André Filho, no Carnaval de 1935, aquela dos "encantos mil" e "coração do meu Brasil". Entre uma e outra rima pobre, brotou na Avenida Atlântica o Copacabana Palace, hotel inaugurado em 1923 que estabeleceu novos padrões de luxo e glamour para a cidade.

O Rio tirou o posto de capital federal de Salvador em 1763 e perdeu o troféu para Brasília em 1960. Foi sede do império português a partir de 1808, do Brasil independente (ainda monarquista) e depois capital republicana. Os mais de 230 anos de supremacia na política rechearam a cidade de prédios históricos e acervos valiosos como a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e o Teatro Municipal.

Um dia de chuva num balneário pequeno pode ser desesperador. Não no Rio: são dúzias de centros culturais e museus para visitar, alguns com paisagismo de Burle Marx, mais as igrejas de ricos interiores do Brasil Colônia e uma lista formidável de templos da gastronomia, da Confeitaria Colombo dos tempos de Olavo Bilac aos botequins freqüentados por celebridades e poetas contemporâneos.

As trilhas sonoras

É dos mais tristes paradoxos para o turista, este de precisar esconder as máquinas de filmar ou fotografar com medo de assalto, num dos lugares mais fotogênicos do planeta. Notícias diárias de violência urbana podem intimidar a viagem, como se os problemas originados pela desigualdade social não fossem alarmantes em todas as grandes cidades brasileiras.

O uso do transporte público requer cuidados. Na dúvida, é melhor optar pelo táxi ou pelos passeios em vans e jipes das agências locais de turismo. Prefira percorrer a região da Cinelândia nos dias de semana, em horário comercial. Não se vista como um extraterrestre endinheirado. Evite os parques e as feiras de camelôs à noite, obviamente, e utilize o cofre do quarto de hotel, se oferecido.

Bailes funk podem ser traumáticos, e ver as favelas como um equilíbrio exótico de submoradias também. Como escreveu o economista Carlos Lessa em "O Rio de Todos os Brasis", "o carioca não tem medo da multidão, tem medo, sim, da praça vazia".

Para branquelos em geral, a melhor parte de planejar uma viagem ao Rio não é ficar experimentando trajes de banho para desfilar no calçadão. Nem acreditar que, de tão acostumados que estão, os cariocas não caem mais na risada diante dos passistas desajeitados. Mesmo antes de percorrer a Lapa boêmia de Madame Satã, o bom é saber que a trilha sonora já vem pronta na cabeça.

Noel Rosa, Cartola, Tom Jobim, Vinícius, João Gilberto, Miúcha, Nara Leão, Chico Buarque, Elza Soares, Cazuza, Marina Lima e Paulinho da Viola, entre tantos outros, já desenharam a geografia física e sentimental da cidade. A segunda melhor parte é ficar na praia adivinhando em que grãos de areia ou quiosques esse pessoal andou pisando da última vez em que foi visto diante das ondas.

Viagens internacionais pelo mundo. Brasil: Maceió

Boa, bonita e mais barata do que outras capitais do Nordeste brasileiro, Maceió é generosa


Bom, bonito e mais barato do que as outras famosas capitais do Nordeste. Assim é Maceió, destino generoso, que franqueia suas principais atrações sem abalos sísmicos nos gastos da viagem e ainda incentiva os visitantes a conhecer boa parte de Alagoas. Ninguém visita Maceió sem sair da cidade por um ou mais dias.

A beleza da capital se revela no marzão verde fazendo a moldura de quilômetros de calçadão, nas praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, as mais freqüentadas. Nos meses de verão, com céu sem nuvens e pouco vento, a água fica tão transparente que parece ser iluminada por baixo. Completam o cartão-postal aqueles coqueiros de troncos inclinados em ângulos improváveis, de tão agudos. Esculturas gigantes que o vento foi entortando, e a natureza concordou em deixar assim, para as fotos.

Em Maceió, sorvetes custam centavos, caipirinhas têm preço de cerveja e as tapiocas dos quiosques, fartas, valem por um almoço rápido. Por alguns trocados, caldinhos de sururu e camarão aquecem o corpo antes do forró ou de longas caminhadas pela orla. Na hora de escolher as lembranças da viagem, os preços nas feiras de artesanato convidam a levar peças com a renda filé para mais pessoas da família.

Os chamados "superdescontos" nos passeios ao sul e ao norte de Maceió -praia do Francês, foz do rio São Francisco e galés de Maragogi, por exemplo- criaram a cultura do movimento constante entre os turistas. As agências locais chegam a oferecer três pacotes, de um dia cada, pelo custo de dois. Às vezes, a facilidade para partir de van e mergulhar numa praia a 80 km do hotel vira maratona. Existem até passeios de um dia para Recife e Olinda, a 260 km de distância, o que é um desperdício, considerando o tamanho e a importância histórica das duas cidades pernambucanas.

Quem resiste bravamente aos apelos e decide permanecer na capital tem boas opções para preencher manhãs, tardes e noites. A fim de conhecer as piscinas naturais da praia de Pajuçara, é bom checar o horário da maré baixa já no café da manhã. Ela surge com precisão cirúrgica nos jornais locais: será às 9h37min, ou às 12h09min, o que significa a hora ideal para estar chegando por lá, a 2 km da orla, no embalo da jangada.

Marés baixas de 0,1 m até 0,3 m são as mais convidativas. Os guias falam em 'maré zero dois' como se a medida fosse de compreensão universal... 'zero dois' ou 0,2 m no ponto mais baixo pode significar água pelos joelhos, a chance de sentar na areia em alto-mar, a exposição completa dos delicados bancos de corais, que abrigam os peixes e ainda filtram a água das impurezas. Piscina, em Alagoas, quer dizer água rasa, transparente, para nadar e mergulhar sem medo das ondas e da correnteza.

Seguindo o roteiro aquático, a gigantesca lagoa Mundaú merece uma tarde inteira, para percorrer as suas ilhas e manguezais de barco e ainda curtir o pôr-do-sol na companhia das rendeiras, artesãos e pescadores do Pontal da Barra.

Capitais como Recife e Salvador são mais bem servidas de museus modernos e igrejas barrocas do que a capital de Alagoas. Mas em anos recentes a novidade dos museus e monumentos à beira-mar, em pleno calçadão, conseguiu aproximar a história do Brasil dos banhistas de Maceió.

A partir do final da tarde, quando o horizonte até então azul ou verde ganha tons alaranjados, os calçadões da orla de Maceió revelam as suas vantagens em relação a praias urbanas de vários pontos do país. Eles são largos, com trechos de grama, pracinhas, ciclovias, pista para corrida, e abrigam barracas e restaurantes de gastronomia diversificada, não apenas as bebidas e lanches dos quiosques. É possível programar um jantar completo, com iluminação romântica e música ao vivo, na companhia permanente do mar.

Os moradores aconselham evitar o mês de agosto para viagens de lazer a Maceió. Venta demais, o que prejudica passeios de barco e de jangada. De maio a agosto, chuvas e ressacas podem turvar a água, que se revela mais cristalina no auge do verão, de dezembro a fevereiro.

Em Maceió vivem cerca de 890 mil habitantes, ou quase um terço da população do Estado. Alagoas tem um dos menores PIB per capita do país, o que se reflete nas altas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo. Os preços em conta não são uma gentileza da indústria do turismo, mas também um espelho do que a população pode pagar quando vai à praia.

Aproveite os serviços das vans e ônibus dos receptivos: eles oferecem deslocamentos seguros e rápidos, numa região com raras rodoviárias. Quem viaja com duas ou mais pessoas pode negociar passeios mais privativos com os taxistas, com horários flexíveis rumo a São Miguel dos Milagres, Japaratinga ou Maragogi, esta já perto de Pernambuco. Nas rodovias da Costa Dourada, o mar compete com os quilômetros de canaviais para ver qual dos dois é mais verde.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Viagens internacionais pelo mundo. Oceania: Sydney

Menina-dos-olhos da Austrália, Sydney é vibrante, tem belas praias e um povo pra lá de hospitaleiro


Principal destino turístico da Austrália, Sydney é dinâmica, cosmopolita e elegante. A cidade mais famosa do país é também multicultural, carrega um quê de Europa, com uma pitada de Brasil e um pouco de Estados Unidos. Isso para citar apenas três influências. Não é à toa que a capital do Estado de New South Wales é um dos lugares que atrai mais imigrantes no mundo.

Em Sydney, a vida ao ar livre é levada a sério. A cidade é conhecida por cultuar corpos sarados e bronzeados e por ser meca de surfistas. Nas 40 praias da baía perfeitamente recortada, turistas e sydneysiders, como são conhecidos os moradores de lá, disputam um espaço na areia e um lugar ao sol. Os pontos preferidos para se jogar ao mar são Bondi Beach e Manly, ao norte de Sydney, onde só é possível chegar de balsa, em uma travessia com uma vista de tirar o fôlego.

Arte UOL
Saindo das praias, mas ainda na baía, o porto de Darling Harbour é o lugar onde ferve o agito turístico. É dali que se entra para o centro nervoso da cidade, o chamado Central Business District, ou CBD, onde uns poucos arranha-céus cortam largas avenidas. A região guarda os principais hotéis, restaurantes e bancos locais, além dos dois maiores cartões-postais da cidade, a Harbour Bridge e a Sydney Opera House. Passeios não faltam.

Diversão e hospitalidade australiana

Não é só de belezas naturais e construções grandiosas que vive a fama de Sydney. A cidade australiana tem um povo caloroso e uma atmosfera bastante amigável. Os sydneysiders são desencanados e quase sempre estão prontos para ajudar. A presença dos imigrantes, muitos deles brasileiros, também ajuda -não é difícil cruzar com alguém falando português pelas ruas de Bondi Beach, por exemplo.

Para as horas de diversão e relaxamento, bares, baladas, pubs e restaurantes de todos os tipos e para todos os gostos fazem a cabeça dos viajantes. Entre as festas mais famosas de Sydney, está o Réveillon à beira da baía. Assim como no Rio de Janeiro, há uma enorme queima de fogos que costuma atrair milhões de moradores e turistas do mundo inteiro.

Sydney é uma metrópole de muitas facetas, que nada deixa a dever as outras grandes cidades do mundo, como Nova York, Londres ou Paris. A distância é inegável, a cidade fica quase do outro lado do planeta, mas do que isso importa quando os encantos também são indiscutíveis?

Viagens internacionais pelo mundo. Oceania: Auckland

Porta de entrada para a Nova Zelândia, Auckland é a terra do bungee jump e dos barcos


Auckland não é a capital, mas é, sem dúvida, a cidade mais importante da Nova Zelândia. A descolada metrópole é o principal centro financeiro do país e um dos destinos preferidos dos turistas que decidem dar um pulo na Oceania.

Mesclando beleza natural e modernidade, Auckland é uma boa pedida para quem é urbano, mas não dispensa o contato com a natureza. As atrações da cidade vão das galerias de arte aos vulcões, passando por um zoológico imperdível e cassinos disputados.

Representando o espírito aventureiro da Nova Zelândia (o país é conhecido como capital mundial dos esportes radicais), Auckland oferece atividades como o bungee jump. A queda livre pode ser realizada em vários pontos da cidade, mas é no edifício Sky Tower que a maioria quer se arriscar. De lá, os corajosos saltam de uma altura de 192 metros.

Para os que preferem programas menos emocionantes, Auckland reserva passeios históricos e culturais imperdíveis. Em Waitakere, região a oeste do centro da cidade, não dá para deixar de entrar nas butiques e galerias de arte ou parar para comer nos restaurantes dedicados à culinária internacional e nos charmosos cafés. Já em Manakau, deixe-se perder nas boas lojas especializadas em vinhos e dê uma olhada na vila histórica de Howick.

Auckland é também a "Cidade da Vela". Apelidada assim por ser sede da tradicional regata mundial America'a Cup, a cidade tem o maior número de barcos por pessoa do mundo.

Quando o assunto é natureza, a metrópole também não deixa a desejar. As praias e os mais de 50 vulcões inativos espalhados pela cidade fazem a alegria dos que não dispensam passeios ecológicos. Do porto, os mais animados podem escapar para as ilhas do golfo Hakurai, como Rangitoto e Waiheke.

Como se não bastassem tantas atrações, Auckland tem um clima agradável e povo amistoso. Ou seja, motivo é o que não falta para aparecer por aquelas bandas, por isso, prepare-se para uma viagem agradável e cheia de aventura!

Viagens internacionais pelo mundo. Europa: Paris

Dos imponentes boulevards às ruelas mais escondidas, descubra o charme de Paris, na França



Não é apenas de cartões-postais que vive Paris. Mesmo sendo um dos principais destinos turísticos do mundo, a cidade ainda conserva um charme discreto, com seus pequenos segredos que podem ser encontrados tanto nos imponentes boulevards quanto nas ruelas mais escondidas. O Museu do Louvre, o Centro Georges Pompidou, o Museu Rodin, todos os quase 150 museus da cidade não são os únicos a contar a sua história. Conhecer Paris é encontrar aquele bistrot escondido no final da próxima travessa à esquerda, é descobrir uma loja de antiguidades tão antiga quanto a memória de seus objetos, é visitar um, dois, três bares de vinhos, uma pequena igreja numa pequena praça, se deparar com uma fanfarra tocando na saída daquela estação onde você chegou sem querer, depois de se perder nas baldeações entres as 14 linhas de metrô. Paris é convidativa aos pedestres, às caminhadas, às descobertas de suas minúcias carregadas de vida e história.

A cidade-luz tem uma luz que é só dela. Luz que atravessa os vitrais da Notre Dame e aquece a charmosa arquitetura das margens do rio Sena. O sol transversal que faz brilhar o bege dos prédios haussmanianos e ilumina as telas de artistas como Monet, Cézanne e Van Gogh, que retrataram a beleza das ruas de Paris. Só não confie no verão francês. O calor intenso dura alguns poucos dias, e o resto do ano tem o tom cinzento do inverno europeu. O que não é menos charmoso.

Paris tem o cheiro da baguette. Mas tem também as ostras do mediterrâneo, os crepes bretões, o foie gras do sudoeste, os queijos de cabra de Savoie. É a terra dos singelos prazeres, como degustar uma tarde de sol e um vinho rosé no terraço de um bar em Montmartre, beliscando escargots. Sim, a vida aqui parece um filme.

Um filme surrealista, por vezes. A aristocracia tradicional divide os 105 km2 da área da cidade com estudantes estrangeiros, imigrantes vindos de ex-colônias francesas, europeus do leste, do oeste, chineses, além dos muitos franceses que resolvem fazer a vida na cidade grande. Capital de um país governado há 16 anos pelos conservadores, Paris, com cerca de 2,2 milhões de habitantes (mais de 11 milhões na região metropolitana), continua recebendo um alto número de estrangeiros que vêm aproveitar dos benefícios do Estado, apesar das políticas desenvolvidas nos últimos anos para conter a imigração. De uma maneira desajeitada, um pouco a contragosto, Paris abriga a diversidade.

E Paris dorme cedo. Paris come bem. Paris fala inglês, mesmo se seu sotaque varia entre o charmoso e o incompreensível. Guardada no coração de muitos como a cidade mais bonita do mundo, o berço da cultura ocidental é passagem indispensável para quem viaja pela Europa.

Viagens internacionais pelo mundo. Europa: Londres

Museus, parques, arquitetura: é impossível se cansar de Londres


O lexicógrafo inglês Samuel Johnson disse certa vez que "Quem está cansado de Londres, está cansado da vida; há em Londres tudo que a vida pode proporcionar". E ele estava coberto de razão. Cidade imensa e de arquitetura única, nem mesmo o tão característico 'fog' faz com que perca seu charme, o que se pode comprovar com os muitos estrangeiros (turistas ou não) que podem ser encontrados a cada esquina.

Se o Big Ben, os ônibus vermelhos de dois andares, e o Palácio de Buckingham já não forem sozinhos bons motivos para visitar essa metrópole, sempre é possível encontrar novos olhares para passeios nem tão novos assim, como uma volta na London Eye durante o inverno, uma caminhada pelos parques da cidade na primavera, um passeio pelo Tâmisa no verão ou um dia de compras na Oxford Street no outono.

Os museus, em sua grande maioria gratuitos e com acervo de encher os olhos, são uma atralção a parte. British, Imperial War, National Gallery, Tate Modern são ótimos passeios, sem esquecer do Natural History Museum ou até do pop Madame Tussaud's.

Fãs dos Beatles e de Sherlock Holmes também sentirão um carinho maior pela cidade, principalmente depois de atravessarem a Abbey Road ou tirarem uma foto com a estátua de um dos maiores detetives da literatura em Baker Street.

Viagens internacionais pelo mundo. Europa: Berlim

Descolada, mas sem esquecer seu passado, Berlim, na Alemanha, encanta com seus museus, restaurantes e arquitetura



Com origens que remontam ao século 13 d.C., Berlim é, para os padrões europeus, uma cidade nova. Mas será que existe algum historiador que não se deleita – e se assusta – ao estudar a conturbada e fascinante trajetória da capital alemã?

Berlim é hoje uma das cidades mais divertidas e sofisticadas da Europa. Abriga arte de vanguarda, discotecas de primeira grandeza, prédios de arquitetura arrojada e uma das mais respeitadas orquestras filarmônicas do mundo. Mas é o seu passado que dará um pano de fundo perfeito para que o turista tenha, na cidade, uma experiência de viagem única no continente europeu.

Comecemos pela história recente: em menos de 70 anos, Berlim foi humilhada na 1ª Grande Guerra, eleita a capital do Terceiro Reich de Adolf Hitler, destruída durante a 2ª Guerra Mundial, transformada em cova de Adolf Hitler sob as botinas soviéticas, fatiada pelas potências vencedoras do conflito, transformada em palanque para um discurso histórico de John Kennedy, dividida por um enorme muro (que dividiu não apenas a Alemanha, mas grande parte do mundo) e alçada a ponto de tensão máximo entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria.

Por suas ruas passou a nata dos poderosos (nazistas, soviéticos, norte-americanos) e dos serviços secretos (Gestapo, CIA , Stasi) que ditaram boa parte da história do século 20. E tudo isso, além de manchar os anais da cidade, transformou Berlim em um destino histórico inigualável.

A história é recente, e ainda palpável: na cidade, o visitante pode conhecer marcos como o Reichstag (o Parlamento alemão, cujo incêndio, em 1933, ajudou Hitler a subir ao poder), o museu 'Topografia do Horror' (que relata, em minúcias, a história do nazismo), o Muro de Berlim (sua ruínas continuam de pé nas ruas da capital) e o Memorial do Holocausto (uma das obras de arquitetura mais impressionantes de toda a Alemanha).

Além disso, Berlim foi, em um passado mais remoto, o centro político do Reino da Prússia (entre 1701 e 1918), do Império Alemão (1871 a 1918), e exibe antigas relíquias como o Portão de Brandemburgo (inaugurado em 1791), a igreja de São Nicolau (do século 13) e a sinagoga Neue Synagoge, cujo projeto original é de 1866.

Observador do passado durante o dia, o turista pode se transformar em viajante do futuro durante a noite. Uma visita ao Sony Center e à casa de shows Tempodrom, por exemplo, dará ao turista novas perspectivas de arquitetura, enquanto uma noite regada a música eletrônica poderá mudar o conceito de 'balada' na cabeça do mais fanático dos ravers.

Vista do agradável rio Spree ou do alto da Fernsehturn (a torre de TV que é um ícone local), Berlim é uma cidade que não tem a paisagem marcante de Paris ou Londres, mas seu espírito é, sem dúvida, um dos mais vibrantes de toda a Europa. Só resta ao turista levantar a caneca de cerveja e brindar à paz que hoje impera na capital alemã.

Viagens internacionais pelo mundo. Europa: Atenas

Atenas é mais moderna do que se imagina, mas possui muita história impressa em seus monumentos


Atenas é, ao mesmo tempo, uma das mais antigas cidades do mundo e uma das mais modernas da Europa. Um dos marcos para essa percepção foi a Olimpíada de 2004, que fez com que a capital da Grécia se modernizasse para receber os turistas. O evento também foi responsável pela contração de uma grande dívida externa, cujos reflexos atrapalham sua economia até hoje.

Entre as benfeitorias, o governo construiu um novo aeroporto internacional, o Elefthérios Venizélos, em 2001, além de prédios e estádios com uma arquitetura moderna de dar inveja a qualquer outra cidade europeia. As placas de sinalização ganharam inscrições no alfabeto ocidental, justamente para agradar os visitantes. E nem precisava se esforçar tanto!

O destino é um dos mais desejados pelos viajantes do mundo inteiro. Contam pontos sua história, mas também suas belezas naturais (como suas ilhas e praias) e sua imponente arquitetura. Outra razão que desperta a curiosidade dos turistas em relação à Grécia é a sua mitologia, bastante valorizada e estudada na escola. Ou seja: mais um motivo para se ter certeza que a história da Grécia não diz apenas respeito aos gregos, mas também a várias outras nacionalidades, uma vez que muitas situações que hoje vivemos e estudamos tiveram origem naquele país.

A herança está ainda no idioma, já que muitas palavras em português, por exemplo, se derivam do grego (lembra daquela clássica cena no filme ?Casamento Grego?, de Nia Vardalos, no qual o pai da moça tenta provar a teoria?).

Além das ilhas gregas, que são visitadas por pessoas que chegam de avião ou a bordo de algum cruzeiro pelo mar Mediterrâneo, é a capital um dos destinos favoritos. Ao chegar, se o turista não passar pelo centro onde estão os monumentos históricos, não terá ideia que está no berço da civilização ocidental. No entanto, quando for aos locais mais antigos, que datam de mais de 800 anos antes de Cristo, o visitante terá certeza de que Atenas é um verdadeiro museu a céu aberto.

Para conhecer um pouco da vida no país, por exemplo, uma dica é a exposição permanente no Museu da Acrópole, inaugurado em novo prédio no final de 2009. Também são obrigatórios passeios por Plaka, local onde viveram pessoas séculos antes de Cristo, além de mesclar com os costumes gregos atuais. E, uma vez na Acrópole (que significa Cidade Alta), visite o Parthenon, o teatro de Dionísio, o templo da deusa Atenas (da sabedoria), da deusa Nike (da vitória), entre tantas outras coisas. É também em Atenas que se encontra o antigo estádio Kalimarmaro, o primeiro a receber os jogos Olímpicos da Antiguidade.

Principalmente por conta da crise econômica mundial que a Grécia atravessa, alguns bairros da capital se tornaram perigosos para os turistas. Não serão vistos ladrões armados rendendo viajantes, ou invasões do Bope local, mas é sempre bom tomar cuidado por onde anda e o que carrega, especialmente durante a noite.

Por falar em noite, no verão europeu o sol permanece até pelo menos às 21h. Mas não se acanhe caso veja lojas fechadas entre 15h e 18h. Isso porque trata-se da sesta, tal como acontece na Espanha, quando boa parte do país para a fim de descansar. E acredite: você também vai querer fazer aquela pausa, uma vez que após o almoço sempre vem a ?leseira?, salientada pelo calor. Assim, evite bater perna durante o sol mais forte do dia e hidrate-se.

Viagens internacionais pelo mundo. Ásia: Tóquio

Tóquio é a maior e uma das mais fascinantes metrópoles do mundo: você nunca viu nada igual


Com o equivalente à população total da Califórnia espremida numa área um pouco menor do que o Havaí, Tóquio transformou-se da capital destruída pelas bombas da Segunda Guerra no coração de uma das maiores economias mundiais em pouco mais de 50 anos. Depois de uma estagnação econômica de dez anos, a cidade finalmente voltou a crescer, e novos projetos e construções, como o Roppongi Hills e o Tokyo Midtown, mudam a paisagem de uma cidade que nunca é igual por dois dias seguidos. E, enquanto se prepara para sua candidatura como sede olímpica em 2016, Tóquio continua sendo a combinação perfeita do Japão tradicional e do que há de mais moderno disponível no mundo.

Em Tóquio, a eficiência dos serviços urbanos e a segurança da cidade surpreendem até o mais viajado dos turistas. A cidade conta com o mais eficiente sistema de transporte do mundo, com trens, ônibus e metrôs que funcionam assustadoramente no horário, e policiais que, por causa da baixíssima criminalidade, gastam mais do seu tempo dando informações turísticas do que caçando bandidos.

Por outro lado, a modernidade desaparece nas ruelas cercadas de casas tradicionais de madeira, nos caixas eletrônicos que fecham às cinco da tarde e no comércio que ainda reluta em aceitar cartões de crédito. Para o turista, passa longe de ser uma cidade de fácil navegação: as ruas não têm nome, prédios e casas não têm números e há pouquíssimas informações em inglês. Mas, em compensação, é uma cidade limpa, segura e cheia de gente simpática e educadíssima, que sempre sai do próprio caminho para ajudar alguém perdido.

A gigantesca metrópole parece se espalhar numa área quase sem fim. A região central é formada por 23 prefeituras distintas, ou ku (Minato-ku, Shibuya-ku, Shinjuku-ku, etc.), e a metrópole conta ainda com mais 26 "cidades" ou shi, situadas na região oeste (Chofu-shi, Musashino-shi, Tama-shi, etc.). Quando se fala em toda região metropolitana, geralmente incluem-se também as áreas de Chiba, Kanagawa e Saitama, por onde Tóquio também se estende. A região central é circundada pela linha de trem Yamanote, a principal e mais importante da cidade. É dentro dela que você vai encontrar todas as maiores atrações e o que Tóquio tem de melhor.

Prepare-se, você nunca esteve num lugar como Tóquio. Milhares de letreiros iluminam a cidade que mais parece um cenário de ficção científica. Você vai encontrar de tudo para todos os gostos e o que há de mais moderno em tecnologia, moda e arquitetura, pois todas as novidades e modismos começam e terminam aqui. Tribos de todos os estilos, japoneses orgulhosos de seus três mil anos de história e tradição e estrangeiros vindos de todas as partes do mundo numa mistura homogênea que vai deixar você de queixo caído. Então, o que você está esperando?

Viagens internacionais pelo mundo. Ásia: Jerusalém

Sagrada para tantas religiões, Jerusalém tem um lado moderno e laico que pouca gente conhece


A cidade sagrada para as três principais religiões monoteístas do mundo pode criar um efeito que já foi diagnosticado pela psiquiatria: a Síndrome de Jerusalém, que faz com que alguns visitantes subitamente passem a agir como se fossem reencarnações de São João Batista, por exemplo. Mas a grande maioria dos turistas tende a apenas ficar atônito diante da beleza de suas pedras douradas refletidas ao pôr do sol, da religiosidade e, por que não dizer, tensão política, que emanam de seus cerca de quatro mil anos de história.

Há duas "Jerusaléns" dentro da cidade. A chamada "Cidade Velha", cujos limites são as muralhas e a "Cidade Nova", a parte de fora, que, no entanto, conta com alguns sítios históricos tão ou mais antigos que os compreendidos dentro da muralha. A Jerusalém da época do Rei David - hoje escavações que podem ser visitadas -, por exemplo, estão fora das muralhas. Alguns dos locais mais sagrados para o Cristianismo, como o Jardim das Oliveiras, também.

Ocupando uma área de apenas um quilômetro quadrado, a Cidade Velha é dividida em quatro bairros - o Judaico, Muçulmano, Cristão e Armênio. No limite entre o quarteirão Judaico e o Muçulmano estão os lugares mais sagrados para cada um deles: o Muro das Lamentações e a Mesquita do Domo da Rocha, respectivamente. O local mais santo para o Cristianismo, a Via Sacra, com todas as suas estações, culminando no Santo Sepulcro, está espalhada entre os blocos Muçulmano e Cristão.


Todo esse caldeirão cultural torna a Cidade Velha uma verdadeira sopa de credos e costumes. Em vários pontos, a Via Sacra coincide com os souks - as ruas de comércio árabes --, de modo que cristãos de diversas linhas andam por entre lojinhas repletas de badulaques e cruzam com árabes, judeus ortodoxos e soldados israelenses carregando seus fuzis. Uma situação que pode parecer tensa, mas é só um dia normal no lugar mais peculiar do mundo.

Uma cidade moderna

Claro que visitar Jerusalém significa um mergulho no passado. Mas há também a parte moderna e laica dessa cidade de 700 mil habitantes - quase 10% da população do país - e que foi declarada capital em 1950. Principalmente no verão, os bares no centro da parte nova da cidade ficam cheios de jovens. E lugares como a Antiga Estação de Trem são boas pedidas para continuar a noite num país que é conhecido pelas baladas de música eletrônica. Nesse ponto, Jerusalém é bem menos animada que Tel Aviv, mas há onde sair.

Outra coisa que você vai ter que fazer aqui é se embrenhar nos museus. Jerusalém tem alguns dos mais tecnológicos do mundo. O Yad Vashem ou Museu do Holocausto é muito triste, mas uma atração quase obrigatória. O Museu de Israel mostra um lado moderno e alto-astral do país. Aqui, até hospital pode virar atração turística. O Hadassah guarda as Janelas de Chagall, coleção de vitrais do artista russo.

No coração de Israel

Jerusalém está bem no meio do país, o que a torna uma boa base para conhecer ao redor. A capital econômica do país, Tel Aviv, está a apenas uma hora em direção ao litoral. O Mar Morto fica a menos de duas horas. E Eilat, a cidade de veraneio às margens do Mar Vermelho, no extremo sul do país, pode ser alcançada a apenas quatro horas de automóvel.

A uma altitude de 750 metros e com baixa umidade relativa do ar, mesmo no verão as noites de Jerusalém são frescas. No inverno - entre novembro e março - espere pegar um frio razoável, mas que dificilmente ultrapassa o zero grau. Mesmo assim, muita gente prefere visitar a cidade nesta época do ano, já que os preços de hotéis caem bastante. No alto verão - julho e agosto - tudo fica bastante tumultuado e caro. Fique atento também aos feriados religiosos judaicos, que, por seguirem o calendário lunar, mudam a cada ano. O site
www.ou.org lista todos.
 

Viagens internacionais pelo mundo. Ásia: Hong Kong

Principal porta de entrada do Oriente, Hong Kong reúne tradição e modernidade no mesmo destino


Dizem que é em Hong Kong, uma Região Administrativa Especial da China, onde o “Ocidente encontra o Oriente”. Bastam algumas horas nessa espécie de Nova Iorque asiática para descobrir como os opostos se atraem (e se completam) naquelas terras tão distantes.

Centros financeiros movimentados que ficam a poucos minutos de vilarejos de pescadores que ainda levam a vida no mesmo ritmo de antes da chegada dos britânicos; lojas de eletrônicos que dividem o mesmo endereço com velhinhos que ainda se dedicam à arte de pintar ideogramas chineses; templos discretos que não se abalam com o movimento high tech que colore o cenário lá de fora; imensos conjuntos habitacionais que parecem engolir monastérios que descansam sob seus pés; e comidas servidas em recipientes de bambu que lembram vagamente o sabor plastificado dos restaurantes fast food.

É impossível não ficar fascinado diante de todas as possibilidades existentes em Hong Kong, a principal porta de entrada ao Oriente. Títulos não faltam a esse destino asiático que, há pouco mais de uma década, em 1997, era devolvido à China, após 99 anos sob a administração do Império Britânico.

É considerada uma das regiões mais densamente populosas do mundo (em 2009, a população já passava de 7 milhões); possui uma das economias mais agressivas e influentes da Ásia, o que lhe garantiu o título de “tigre asiático” ao lado de Cingapura, Taiwan e Coreia do Sul; é um dos principais produtores e exportadores da indústria cinematográfica; abriga, duas vezes por ano, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo; e possui um dos sistemas ferroviários mais seguros em todo o planeta.

Ao setor turístico, cujos visitantes ultrapassaram a cifra dos 36 milhões em 2010, tampouco faltam exemplos.

Hong Kong tem um teleférico com 5,7 km de extensão, considerado o mais extenso de todo o sudeste asiático; é dona da primeira calçada da fama da Ásia, a “Avenida das Estrelas”; abriga a mais longa escada coberta do mundo, com 800 metros de comprimento que são percorridos em 20 minutos; diariamente, 44 edifícios se acendem e protagonizam um espetáculo considerado pelo Guinness o “Maior Evento Permanente de Luz e Som”; e se orgulha de ter uma estátua de bronze gigante do Buda com 26 metros de altura, a maior do mundo em seu gênero.

O sistema de transporte em toda a região é um capítulo à parte que, sem exageros, pode ser considerado também um atrativo turístico. Trens que conectam as ilhas por túneis que passam sob as águas salgadas do Victoria Harbour, aeroporto ligado ao centro financeiro em apenas 24 minutos, coloridos bondes centenários que percorrem a área desde 1904 (e ainda dão um certo ar nostálgico ao destino) e barcos que cruzam a baía local 24 horas por dia.

Desde cedo, Hong Kong aprendeu a dividir seu território com visitantes estrangeiros. E talvez esta tenha sido a melhor estratégia adotada por essa antiga colônia britânica antes de se tornar um das regiões mais desenvolvidas da Ásia. Portugueses, britânicos e japoneses foram as nacionalidades mais marcantes naquelas terras localizadas na costa sudeste da China. O resultado desse encontro de povos pode ser visto não só nas calçadas dos centros mais turísticos, como também sobre a mesa.

Hong Kong tem perfil internacional e por isso não devem faltar opções que agradem desde os comensais mais arrojados até os estômagos mais sensíveis. Comida europeia, mediterrânea, asiática e vegetariana são alguns dos sabores que transformaram Hong Kong em uma das capitais culinárias da Ásia.

É em Hong Kong onde se encontra não só o Ocidente, mas todo o resto do mundo.

Viagens internacionais pelo mundo. América do Sul: Patagônia Argentina

A mutante Patagônia argentina é destino para viajantes de todos os estilos


Conta a lenda que, em uma época em que as plantas da Patagônia não tinham flores, a bela Kospi foi raptada por Karut. A paixão era tão grande que o senhor da montanha se viu obrigado a esconder a jovem de origem mapuche no mais profundo das cavernas glaciares.

Kospi chorou tanto que um dia converteu-se em gelo e confundiu-se em meio aos imensos icebergs da região. Quando Karut voltou para admirá-la, sua presa já não estava e, furioso, bradou até despertar uma forte tempestade. Os dias seguintes foram de tanta chuva que a garota transformou-se em água e seguiu o curso dos riachos patagônicos, atingiu a planície e regou os vales. Na primavera seguinte, subiu sobre plantas e converteu-se em flor.

Desde então, a Patagônia argentina não se cansa de se transformar. Glaciais que avançam e retrocedem, como o famoso Perito Moreno de El Calafate; rios de El Chaltén que têm seus cursos desviados por fenômenos naturais; bosques esverdeados que se petrificam, como os impressionantes troncos milenários de Jaramillo; vegetação que se veste de novas cores de acordo com a estação do ano; e uma fauna única que costuma passar as férias em terras austrais, como baleias, leões marinhos e pinguins.

Esses são alguns dos inúmeros espetáculos naturais em solos patagônicos que arrastam viajantes de todas as partes do mundo, durante todo o ano, atraídos pelas opções naturais. Seja a versão costeira que se debruça sobre o oceano Atlântico ou o lado mais afastado das cordilheiras dos Andes, a Patagônia argentina é destino ideal para viajantes de todos os estilos. Até o cientista Charles Darwin se rendeu à impressionante variedade natural da região patagônica, há mais de 160 anos.

Basta disposição e tempo para percorrer um dos pedaços de terra com menor concentração humana por quilômetro quadrado da Argentina, como a Província de Santa Cruz, com uma densidade demográfica de 0,8 habitante por km².

As três províncias patagônicas que mais atraem visitantes são Chubut, famosa pela geografia árida de Porto Pirâmides e a pinguineira de Punta Tombo; Santa Cruz, cujos maiores símbolos são montanhas como o Fitz Roy e os imensos blocos de gelo azulado do glacial Perito Moreno; e a Terra do Fogo, onde o Ushuaia quase toca o fim do mundo. Quase, até que se termine a disputa pelo título de cidade mais austral com a vizinha Porto Williams, na Patagônia chilena.

Mas difícil mesmo será decidir qual dos atrativos incluir no roteiro. A imensidão geográfica, que exige longos deslocamentos, e a variedade de atrações espalhadas obrigarão o viajante a dedicar-se a conhecer parte da região. Caso contrário, serão necessários alguns meses sabáticos para rodar as estradas ou voltar mais de uma vez. O que, se tratando de Patagônia, não é uma má ideia.

Na região dos cenários mutantes, nem os céus ficaram de fora da mutação. Os meses quentes de verão são abençoados por longos dias com até 17 horas de luz, quando a poucos minutos da meia-noite é comum ver o sol preguiçoso formando manchas multicoloridas no horizonte; no inverno, os dias são mais curtos e o sol não se atreve a aparecer mais do que oito horas diárias. As temperaturas podem ir de -20°C, durante o rigoroso inverno da Terra do Fogo, aos mais de 30°C da árida Porto Madryn. É só uma questão de escolher qual sensação térmica você quer provar.

Viagens internacionais pelo mundo. América do Sul: Ilha de Páscoa

Ilha de Páscoa, museu a céu aberto em pleno Pacífico Sul, é o lugar mais distante do planeta


Essa ilha está a 27°09' de latitude sul e a 109°26' de longitude oeste. Isso significa dizer que você está sobre o solo mais distante de qualquer lugar povoado do planeta, em pleno Oceano Pacífico, a 4.100 km do Taiti e a longos 3.700 km da costa da América do Sul. Ela está longe, mas não está sozinha.

A Ilha de Páscoa, cujo nome é uma referência ao domingo de Páscoa de 1722, em que foi (re)descoberta por navios ocidentais, é uma das três extremidades de um triângulo imaginário formado pela Nova Zelândia e pelo Havaí, ilhas localizadas na chamada Oceania Remota. Mais do que formar uma imensa área de milhões de quilômetros quadrados, esse conjunto de territórios distantes tem em comum a mesma origem polinésia e um certo gosto por histórias intrigantes.

E é ali, em Te Pito o Te Henua (no "umbigo do mundo", em língua rapa nui), que viajantes de bom gosto encontram os melhores e mais distantes mistérios de uma gente que decidiu ir longe para fincar, entre tantos outros enigmas, estátuas gigantes que parecem reverenciar seus criadores rapa nui.

Não há dúvidas de que essas belas esculturas feitas com rochas vulcânicas são o cartão postal mais divulgado de Páscoa. No entanto, as opções de atrações são tão variadas quanto os questionamentos formulados sobre essa pequena ilha de quase 170 km². As descobertas vão além dos olhares distantes dos moais.

A ilha é o topo de uma imensa cadeia rochosa que teria se formado há uns 3 milhões de anos e que se esconde a 3 mil metros no fundo do mar. Foi a partir de grandes explosões vulcânicas que surgiram lugares de beleza rara, em todo o mundo, como os vulcões Rano Kau e Rano Raraku.

É tanta energia concentrada em um pedaço tão pequeno de terra que até os polinésios vindos de rincões distantes escolheram aqueles lugares para seguirem seus rituais espirituais. E para apreciar esse cenário o esforço é mínimo, já que o ponto mais alto da ilha tem apenas 511 metros. Difícil mesmo é entender tanto mistério.

Sob aquelas pontas rochosas que um dia foram o berço de lavas quentes se escondem outro mistério de Páscoa: as cavernas subterrâneas interligadas por escuros e largos corredores naturais formados pela passagem, há milhões de anos, daqueles trabalhos vulcânicos. A princípio, entrar em uma delas pode parecer uma idéia amalucada de algum guia irresponsável. Mas quando os primeiros metros são ultrapassados, abrem-se amplos salões de pedras com janelões naturais com uma vista única do Pacífico.

A população rapa nui, que havia se multiplicado logo após a chegada dos primeiros habitantes na ilha, foi vítima de uma intensa escassez de alimentos em uma superfície com recursos limitados, dando origem a disputas internas que obrigaram muitos daqueles homens a se esconderem no interior dessas cavernas. E quem acaba ganhando nessa guerra é o visitante, que adiciona mais uma história no seu diário de bordo.

A controvertida trajetória de Rapa Nui, que em língua polinésia quer dizer "ilha grande", parece ter seu início com a chegada de um grupo proveniente da Polinésia com o objetivo de colonizar novas terras. Liderada pelo rei Hotu Matu'a, aquela gente teria chegado entre os séculos 4 e 8. Sua complexidade e organização deram origem, entre tantas outras histórias, a um dos mais intrigantes mistérios da ilha: os moais.

Primeiro, eram erguidos os ahus, as gigantes plataformas cerimoniais de pedra; e logo vinham as imensas estátuas com cabeças grandes e mãos sobre o corpo que eram encomendadas como homenagens aos chefes das tribos locais ou a ancestrais transformados em divindades. Acredita-se que essas construções aconteceram em três períodos: entre os anos 800 e 1000 d.C., entre 1000 e 1200 e, logo, entre 1200 e 1600, do qual pertencem a maioria dos moais encontrados, atualmente, em toda a ilha.

Mas como teriam chegado até ali aquelas imensas rochas vulcânicas talhadas de até 86 toneladas? Algumas pesquisas defendem a ideia de que eram transportadas sobre troncos que rolavam sobre o terreno irregular da ilha. Outras afirmam que estruturas feitas com pedras lisas ajudavam no transporte, assim como se movimentassem uma imensa geladeira. Mas a melhor das teorias é a que vem da tradição oral. Para ela, os moais, simplesmente, caminhavam.

Só mesmo o lugar mais distante do planeta para aproximar o mundo ocidental ao mais profundo da cultura polinésia.

Viagens internacionais pelo mundo. América do Sul: Buenos Aires

Livrarias, museus e gastronomia se somam ao tango na lista de atrativos da capital argentina


Capital do tango e da Argentina, Buenos Aires oferece sempre uma lista inesgotável de atrações. Tanto para quem está voltando para lá como para quem chega pela primeira vez. Nos últimos anos, o câmbio favorável na troca de reais ou dólares por pesos fez com que multidões de brasileiros descobrissem o poder sensual da música e da dança portenhas, a diversidade de seus shoppings e feiras ao ar livre, a beleza européia da arquitetura, o sabor das carnes e vinhos. Prazeres simples, mas abundantes, de fácil acesso, cuja intensidade faz voltar.

A metrópole latina funciona 24 horas, considerando que depois do jantar, tarde da noite, tem a balada começando às 2h e terminando às 6h, dali a pouco abrem os cafés, os museus e mais um dia de trabalho, com os moradores preenchendo as ruas. Os bairros de maior freqüência turística, como o Centro, Retiro, Recoleta, Palermo e San Telmo, oferecem segurança para longas caminhadas. Plural, Buenos Aires contenta várias tribos de visitantes ao mesmo tempo: de famílias com crianças a casais em lua-de-mel, de boêmios a colecionadores de livros e raridades.


Também é dessas cidades que gotejam história por todos os poros: a passada, de opulência, e a recente, mais sofrida, de perdas econômicas, que provocou um revival na melancolia do tango e trouxe o ritmo de volta às ruas, casas de shows, lojas, cafés, galerias de arte.

Nos passeios diurnos, é comum começar as coisas pela
Casa Rosada e Plaza de Mayo, a primeira um imponente centro de poder, a segunda um espaço com árvores, jardins e pombas para manifestações populares contra ou a favor do poder. Por ali passaram os fanáticos por Evita Perón, a primeira-dama falecida em 1952, e os manifestantes do 'panelaço' que provocaram a renúncia de um presidente, em dezembro 2001. Por ali ainda marcham as mães e avós da Plaza de Mayo, lembrando todas as semanas que milhares de homens e mulheres da esquerda argentina foram 'desaparecidos' durante a ditadura militar.

A avenida de Mayo do famoso Café Tortoni deixa ver, de longe, o Obelisco, cartão-postal da cidade, e leva ao 'quarteirão espanhol', onde restaurantes de frutos do mar ostentam retratos da família real da Espanha. Os espanhóis são o segundo grupo mais expressivo de imigrantes que chegaram à Argentina a partir de 1880. O primeiro é o de italianos.

O
Obelisco de quase 70 m de altura serve de referência para encontrar a avenida Corrientes e o Teatro Collón, na Plaza Lavalle, ambos lugares de espetáculos importantes. A poucas quadras dali, duas instituições portenhas aguardam os turistas: o shopping Galerias Pacífico e a Plaza San Martín, um respiradouro verde em meio a espigões e faróis de grandes avenidas, que paralisa o visitante pela beleza de suas árvores e monumentos.

Cansou de caminhar? Não canse. Os táxis estão baratos, na comparação com o mesmo serviço em capitais brasileiras, e os ônibus, por alguns centavos, sempre correndo muito, também levam à tangueira San Telmo, ao bairro Palermo dos parques, do escritor Jorge Luis Borges e dos jovens estilistas, e à Recoleta das grifes luxuosas e do cemitério que virou atração turística.

Conhecer cidades gigantes envolve risco de maratona, mas em Buenos Aires se impõe evitar a fadiga diurna porque... porque 'la noche es uma niña', um mundo de possibilidades, período de longas horas para aproveitar os vinhos, a gastronomia, os teatros, a música, as pistas de dança. É o tempo por excelência para se emocionar com o tango, na intimidade de alguns bares, nas calorosas milongas ou nos shows com jantar incluído, quando qualquer bife de dois andares deveria ser processado por atrapalhar a visão das piruetas dos bailarinos.

O tango mudou um bocado, desde as origens, nos bairros pobres, associado à gíria do lunfardo. O cantor Carlos Gardel, o compositor Astor Piazzolla e o bailarino Julio Bocca são apenas três dos artistas que renovaram esta que é uma das marcas mais fortes da cultura argentina. Na hora do show, uma forma de saber se os limites dos movimentos estão sendo esgarçados na sua frente é notar se os garçons estão prestando atenção aos bailarinos.

Eles vêm aquilo todas as noites. Se os garçons fixam os olhos no palco, é porque a dupla vai inventar, a bailarina que já desconcertou até o saxofonista vai arriscar um gran finale de ponta-cabeça, suspensa pelas canelas, e o bailarino vai suar o terno para fazer parecer sutileza toda a força que ele guarda nos braços e nas pernas.

Está aí um projeto para a próxima viagem a Buenos Aires: seguir os passos dos bailarinos prediletos. Ás vezes a moça que chega bocejando, de vestido colante vermelho, para a Feira de San Telmo dos domingos é a mesma que estava fazendo loucuras num bar da avenida de Mayo na noite anterior, ou bem-comportada, dando aulas para iniciantes na Confitería Ideal.

Buenos Aires até cabe num final de semana ou feriadão, para quem viaja desde as regiões Sul ou Sudeste do Brasil. Soa insano, tanta coisa boa para ver e fazer em três ou quatro dias, mas ficar pouco tempo é bem melhor do que não ir.

Viagens internacionais pelo mundo. América do Norte: Montréal

Transbordando cultura e com um povo simpático, Montréal é uma das portas de entrada do Canadá


O Canadá reserva surpresas. Prepare-se para conhecer um país onde nada é igual e, para onde for o seu olhar, ele fará uma descoberta. De pequenos lugarejos a grandes prédios como os encontrados nas metrópoles; de lagos a perder de vista a regiões montanhosas. Um país que aceita dois grandes idiomas: o inglês e o francês. Mas não é só na língua que ele se diferencia, seu povo também é especial.

Segundo maior país do mundo, o Canadá é composto pelas províncias de Alberta, Colúmbia Britânica, Ilha do Príncipe Eduardo, Manitoba, Novo Brunswick, Nova Escócia, Ontário, Quebec, Saskatchewan, Terra Nova e Labrador, Territórios do Noroeste, Yukon e Nunavut. Terra do povo Inuit, e de sua maioria descendentes ameríndios. País da folha de bordo (Maple Leaf) e dos esportes de inverno, o Canadá emociona não só com sua geografia, mas também com sua história.

As terras da província de Quebec foram descoberta pelo francês Jacques Cartier, em 1534, logo batizado de Kébec (passagem estreita). Mais tarde, a província ficou conhecida como Nova França e logo após expandir-se, o rei do país cedeu o território ao controle britânico. O resultado disso foi uma migração em massa de ingleses, irlandeses e escoceses.

Porém esse controle nunca foi aceito por completo pelos franceses. Ainda mais depois do discurso inflamado do então presidente da França, general Charles de Gaulle, em 1967. É comum andar pela província de Quebec e encontrar a expressão francesa em placas de carro "Je Me Souviens" (Eu me lembro, eu me recordo), representando a vontade do povo quebequenho em afirmar a história e a herança francesa na região. O sentimento separatista não foi embora com o passar dos anos. Prova disso foi o resultado do último plebiscito realizado em 1995, onde um pouco mais de 50% da população de Quebec quis permanecer parte do país chamado Canadá.

A maior cidade desta província, Montréal, é também a segunda mais populosa do país. Rodeada pelo rio São Lourenço, em seu centro é onde está localizado o "Monte Real". Dividida por ruas bem alinhadas, é fácil se orientar. O sul começa no rio São Lourenço, os números crescem quando se caminha rumo ao norte. O ponto que dividirá as ruas em leste e oeste será o boulevard St-Laurent.

A parte mais antiga da cidade é chamada de Velha Montréal. É também onde encontra-se o porto. Ali, prédios históricos, bons restaurantes e passeios de bicicleta com a família fazem-se presentes. O downtown de Montréal traz também Chinatown e Little Italy, e é onde você poderá respirar mais aliviado, se sua situação ecônomica não permitir muita extravagância, e onde estão os museus da cidade. A região chamada Plateau (Planalto) é um dos lugares mais habitados de Montréal. Casas de estilo vitoriano, cafés, livrarias, galerias de arte e a universidade McGill colaboram para o clima boêmio desse bairro que se estende a dois outros: Mile-End e Outremont. Perfeito para um brunch no domingo. Mais afastada do centro estão as regiões de Cote-des-Neiges, que abriga o morro Monte Real, e Maisonneuve, onde se encontram os parques, como o Jardim Botânico.

Prepare-se para andar. Não há como conhecer Montréal sem uma boa caminhada. Você descobrirá uma cidade cheia de história, com ruas de paralelepípedo, carruagens e muita cultura que transborda pelas ruas. Prepare-se para os mercados a céu aberto e a noite de Montréal. Organize também a sua dieta, pois alguns quilos você deve ganhar. E deixe que a beleza natural, a cultura do lugar e a simpatia desse povo invada seu coração.

Viagens internacionais pelo mundo. América do Norte: Cidade do México

Cidade do México, uma das mais populosas do mundo, é festa de contrastes em harmonia



Movimentada, divertida, saborosa, colorida e interessante. A Cidade do México é tudo isso, só que em proporções gigantescas. E dá um certo brilho nos olhos saber que você está pisando na segunda cidade mais populosa do mundo. Importante e imponente, a capital mexicana oferece ao turista um mundo de opções. Você pode investir num roteiro cultural e histórico, pois não faltam museus, galerias de arte, monumentos e sítios arqueológicos. Também pode fazer um circuito gastronômico, já que as comidas e bebidas típicas são parte obrigatória e estão por todos os lados. A cidade, ainda, alegra os amantes de um bom jardim, das caminhadas pelas ruas charmosas e, é claro, das boas compras.

A arborizada Cidade do México é uma verdadeira festa de contrastes, onde o contemporâneo e o antigo convivem em absoluta harmonia, apesar de ter dimensões de megalópole. Um templo asteca se encontra com prédios moderníssimos, à prova de abalos sísmicos, assim como grupos de música pop se intercalam com os mariachis no gosto popular. E é exatamente esse mix que atrai turistas de todo tipo, que, por sinal, são muito bem recebidos pelo alegre povo mexicano.

Arte UOL
Se você é daquelas pessoas que gostam de explorar bem o local das suas férias, saiba de antemão que uma semana é pouco para degustar tudo o que a cidade tem de bom a oferecer. Mas, se for esse o tempo disponível, ainda assim, vale a pena. Agora, caso você tenha mais dias, curta ir além dos pontos turísticos e queira freqüentar "points" que os mexicanos vão, entre no guia Dónde Ir (www.donde-ir.com) e veja o que está rolando na cidade.

Abalando as estruturas

A 2.250 metros acima do mar, a cidade de Frida Kahlo vem enfrentando problemas na sua estrutura. No século 14, os astecas construíram a capital de seu império, chamada Tenochtitlán, em uma ilha no lago Texcoco. Com a conquista dos espanhóis, em 1521, a capital asteca foi destruída e, assim, iniciou-se a expansão territorial sobre o lago. As conseqüências do aterramento do Texcoco são sentidas hoje em dia, porque o solo se tornou frágil com o peso da cidade. Em outras palavras, há pontos que estão afundando, como é o caso da Basílica de Guadalupe e alguns monumentos. Tudo isso é reflexo de um crescimento urbano incrível sobre um aterro alagadiço. A boa notícia é que especialistas têm feito grandes trabalhos de reestruturação.

Andar pela cidade a pé é uma ótima maneira de conhecê-la a fundo. Até porque, assim você foge do trânsito intenso -de fazer inveja a qualquer paulistano. Mas, se quiser utilizar o transporte público, uma boa opção é o metrô. Tem boas linhas que cortam a capital e facilitam bastante a vida. Os ônibus são um pouco velhos, é bem verdade, mas são baratos e circulam com bastante freqüência, inclusive nos fins de semana.

Além do transporte público, os visitantes ainda contam com o Turibus (
www.turibus.com.mx), um ônibus de dois andares que circula pelos principais pontos turísticos. O Turibus tem atualmente duas linhas, uma que percorre o centro histórico e outra que vai para a região sul. O viajante paga uma única tarifa para percorrer as duas áreas. Como o tráfego na Cidade do México é intenso, o percurso demora muito pra terminar e fica praticamente impossível conhecer tudo na mesma jornada. E, já que você está de férias, se ficar parado no trânsito, aproveite este momento típico de uma metrópole e tire fotos interessantes (paisagens bacanas não faltam), observe o movimento e os cantinhos curiosos. O preço do Turibus é ótimo e o passeio vale a pena. Aliás, como tudo neste destino.

Viagens internacionais pelo mundo. América do Norte: Cancún

Com atrações naturais e históricas, Cancún é um dos mais divertidos destinos da América do Norte


Cancún é um dos principais destinos turísticos do México e não é difícil entender por quê. Localizado na Península de Yucatán, na costa sudeste do país, e banhado pelo mar do Caribe, o balneário está cercado por algumas das mais belas praias do mundo. A visão remete, sem dúvida, a uma obra de arte tropical: a água exibe infinitas gradações azuis e quebra em areias de textura fofa e cor branca, de onde brotam palmeiras que dançam ao sabor do vento.

Tal clima de ilha deserta, porém, é parte de um contexto bem mais amplo: Cancún é um resort turístico por excelência e, sobre sua paradisíaca orla, surgem hotéis de arquitetura imponente e piscinas que parecem fundir-se com as águas marinhas. As opções de entretenimento oferecidas aos visitantes são tão inventivas quando variadas: a cidade está rodeada por outros grandes destinos mexicanos, como a ilha de Cozumel e a Isla Mujeres, e, dentro dessa região, é possível mergulhar com golfinhos, nadar dentro de cavernas, conhecer ruínas maias e se divertir em suntuosos campos de golfe.

E quando o sol de põe sobre a lagoa Nichupté, que permeia
Cancún, o lugar ganha outra dimensão: as inúmeras discotecas e bares locais dão o play na música, abrem as garrafas de tequila e a diversão só acabará no final da madrugada.

A alta temporada do turismo em Cancún vigora entre o final de dezembro e meados de abril. O restante do ano é considerado baixa temporada e os preços dos hotéis no balneário diminuem um pouco. Mas há que se levar em consideração um fator importante: a região é geralmente atingida por furacões entre o começo de junho e o começo de novembro.

Cancún sofreu muitos prejuízos no primeiro semestre de 2009, com a pandemia causada pelo vírus A H1N1 (que teve seu epicentro no México). Mas a situação vem melhorando aos poucos: a taxa de ocupação hoteleira da cidade, que foi de apenas 20% em maio de 2009, já havia subido para 44% no mês de setembro (o normal, porém, seria uma ocupação de pelo menos 70%). Enquanto o pânico provocado pela gripe suína se dissipa, o balneário volta a mostrar ao mundo o que tem de melhor: muitas atrações históricas, naturais e noturnas, perfeitas tanto para um passeio familiar como para uma excursão regada a boemia.

Viagens internacionais pelo mundo. América Central e Caribe: Porto Rico

Multicultural, Porto Rico mescla em seu território praias paradisíacas e atrações históricas


Praias cinematográficas, florestas tropicais, micro-organismos que brilham no escuro, comidas exóticas e muita, mas muita história. Porto Rico acaba reduzido a um paraíso praiano nos comerciais, mas esconde belas paisagens e diferentes atividades em seus poucos quilômetros de extensão.

A maior parte dos turistas de Porto Rico vem dos cruzeiros que visitam o Caribe, e caminhar pelas estreitas calçadas de Viejo San Juan pode ser um desafio com a quantidade de pessoas que chegam em cada navio. Linhas como Caribbean Queen, MSC e Norwegian são apenas algumas das que levam turistas entre portos caribenhos. Se quiser navegar águas caribenhas, você pode começar sua viagem em San Juan, Ponce ou Mayagüez, os três portos que recebem cruzeiros.

Porto Rico tem uma situação no mínimo diferente: tem status de território livre associado dos Estados Unidos, e não de país independente. A complexa situação política, tanto local como em relação aos EUA, é um dos tópicos favoritos de conversa de bar, para os porto-riquenhos. Os borícuas, como se auto-denominam os nascidos em Porto Rico (a ilha era chamada Borikén, pelos indígenas), costumam brincar que falar de política é o esporte nacional.

Viagens internacionais pelo mundo. América Central e Caribe: Havana

Revoluções, história e arte fazem de Havana uma cidade única


Se costumamos viajar a cidades históricas para visualizar como eram as coisas no passado e aprender um pouco de história, em Havana tem-se a sensação de que voltamos, literalmente, no tempo. A primeira impressão de quem pisa na capital de Cuba é a de estar em um lugar que foi "congelado" e se mantém igual ao que era nos anos 50. Prédios, carros e máquinas antigas por todos os lados fazem da cidade um museu de antiguidades a céu aberto.

Não tente associar tudo que já aprendeu sobre o comunismo com aquilo que se vê em Havana, pois dessa forma será difícil tirar alguma conclusão. O regime cubano não está nem um pouco próximo da ideia utópica de todos vivendo de maneira igual, com as mesmas condições e salários. Quem trabalha com turismo, por exemplo, pode ganhar muito mais que o dobro do piso salarial oficial. Muitos cubanos vivem apertados em cortiços mal conservados, mas, mesmo com toda a pobreza, o visitante não verá ninguém passando fome ou vestindo trapos, e isso pode ser observado durante um rápido passeio (durante o dia porque à noite pode ser perigoso!) em Centro Havana.

Quando a revolução tomou conta do país em 1959, os que eram mais ricos na época permaneceram com suas moradias e muitos deles as transformaram em hospedarias, conhecidas em Cuba como "casas particulares" --a opção de hospedagem com melhor custo-benefício para turistas que não querem luxo ou que viajam de mochila nas costas.

Sob o clima quente e fresco caribenho, que se estende pelo ano inteiro, aproveite para visitar os museus da cidade, que apesar de possuírem infraestrutura mediana e, muitas vezes, uma visão pra lá de nacionalista, são uma ótima oportunidade de desvendar alguns pontos da história da ilha. Depois, percorra a Plaza de Armas, onde, além de poder folhear e comprar livros usados, uma conversa com o vendedor pode lhe render muitas informações sobre a cultura local e a situação política atual de Cuba.


Para entender melhor como funciona o sistema comunista da ilha, também vale perguntar aos próprios cubanos: eles vão adorar explicar. Geralmente os mais velhos, que presenciaram a Revolução, são os que mais defendem o comunismo.

É corriqueiro surgir alguém simpático para puxar assunto no meio da rua, como quem não quer nada. O principal objetivo da abordagem (se não ficar claro logo no início você certamente irá descobrir no final) é pedir dinheiro, comida, objetos, ou qualquer coisa que o turista estiver disposto a dar. Um olhar atento irá notar que essas pessoas ficam à espreita, esperando encontrar o turista ideal para pedir alguns CUC, a moeda dos estrangeiros. Não é à toa: cada CUC vale para eles um vigésimo do salário mensal.

Não se deixe enganar pelos cubanos que inventam os valores dos serviços de acordo com o que acham que você é capaz de pagar. Tente negociar tudo. Eles adoram os brasileiros - dizem que somos irmãos, por causa da personalidade calorosa - e sabem que nossa moeda vale menos, o que pode proporcionar um "descontinho". E atenção noveleiros: os cubanos conhecem tudo sobre as novelas brasileiras que passam na televisão.

Mulheres que viajam sozinhas ou em grupos femininos devem estar preparadas para receberem cantadas e olhares masculinos. Os cubanos não perdem a oportunidade de abordar turistas desavisadas (e até mesmo as avisadas!).

Se tiver poucos dias na cidade, inclua no roteiro a Plaza de la Revolución, onde é impossível não sentir a forte energia da revolução comunista na ilha. A praça abriga uma torre de 129 metros em seu centro e de onde se tem a melhor visão do prédio do Ministerio del Interior, com um gigante desenho do líder argentino Che Guevara e a frase "Hasta la Victoria Siempre".

Não saia de Havana sem assistir a uma apresentação de dança ou música no Gran Teatro de la Habana. O tradicional jazz cubano é também imperdível. A paixão que os cubanos têm pela arte é contagiante e a beleza humana desses espetáculos é inesquecível.

Reserve um dia inteiro para se perder nas ruas de Havana Velha, tomar um sorvete sentado no banco da praça e caminhar pelo Malecón durante o pôr-do-sol. Afinal, a principal atração de Havana é a própria cidade. Permita-se esquecer do tempo, converse com os cubanos, aprenda, discuta política comunista, deixe de lado os preconceitos e simplesmente viva tudo isso. Por mais que não tenha tempo suficiente para entendê-la, senti-la por um dia resultará numa memória de experiências únicas.
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